Nome: John Miller Sexo: Masculino Paciente: 4438ND
Nome do pai: Desconhecido Nome da mãe: Desconhecido
Naturalidade: Estados Unidos da América
ALERTA SPOILERS (análise apenas da versão da série)
O herói-líder do grupo Os Sete, Capitão Pátria (Homelander em inglês) é o tipico herói americano, buscando ser o melhor possível, combatendo os crimes de seu país e do mundo afora, o maior representante da paz, companheiro e amigo do povo.
Bom, este é o peixe que querem lhe vender.
A verdadeira personalidade de Capitão Pátria é muito mais assustadora. Há poucas informações sobre sua origem, mas sabemos que foi totalmente criado em laboratório, possivelmente separado de sua mãe logo após de seu nascimento. Treinado desde criança para ser o herói perfeito, o rosto da nação. Possivelmente, foi exposto ao mundo apenas quando chegou à sua fase adulta, conquistando rapidamente o gosto do povo com seu carisma e idealismo.
Em às câmeras e cidadãos, demonstra-se sempre altivo, alegre, empático e pronto para salvar o mundo. Seu posicionamento corporal é muito semelhante ao de um capitão militar, com os braços atrás de seu corpo e queixo erguido. O Capitão Pátria parece estar sempre tranquilo e amigável mas, assim como mencionado anteriormente, essa é a imagem que ele utiliza para esconder sua verdadeira personalidade.
Sua personalidade é totalmente o oposto quando se está longe das câmeras ou das pessoas comuns. Comportamentos como autoritarismo e narcisismo são característicos deste personagem, não há empatia pelo próximo, negligencia totalmente a segurança dos cidadãos que diz proteger. Alguns destes sintomas demonstram se encaixar ao Transtorno da Personalidade Antissocial, segundo DSM-5 (também conhecida como Psicopatia).
Podemos trazer vários exemplos de cada sintoma: não consegue se ajustar às normas sociais, sempre pensa estar acima das leis e regras, tendência à falsidade, impulsividade, irritabilidade, descaso pela segurança de si ou de outros, irresponsabilidade reiterada e ausência de remorso, esses sintomas aparecem principalmente quando comanda Os Sete, retirando suas liberdades de escolha e expressão. O narcisismo aparece constantemente por conta de sua imagem pública e quando surge uma concorrência. A falta de empatia e o descaso pela segurança é demonstrada quando este herói nega a salvar um avião em queda, nesta cena o Capitão Pátria comete um erro e acaba matando o piloto do avião, este erro demonstra que ele não agiu pensando na segurança daqueles passageiros, ou até mesmo do piloto, assim ele deixa que os passageiros morram, para que sua reputação não seja manchada, justificando que não saberia pilotar o avião e que daria muito trabalho salvá-los.
Seus discursos elaborados e cheios de sentimento falso, também são característicos desse transtorno, nos fazendo acreditar que ele é um super-herói que se preocupa com seus “protegidos” mas, quando contrariado, exibe uma enorme raiva que se não conter, pode causar enormes estragos à sua imagem pública.
Existe também a ideia do Paradoxo do Poder, como Dacher Keltner explica em seu livro The Power Paradox: How We Gain and Lose Influence, pessoas que conquistam, ganham ou recebem alguma forma de poder, tendem a ser corrompidas, seja poder financeiro, político ou até poder físico.
Percebemos que o Capitão utiliza seus poderes para ameaçar quem não lhe agrada. Seus poderes podem também influenciar seus comportamentos de autoritarismo e narcisismo, utilizando o discurso de ser especial, por exemplo, características que se referem ao Paradoxo do Poder.
Mas ainda há um ponto em sua personalidade que intriga tanto quanto seus comportamentos antissociais: sua necessidade por uma figura materna. Durante a primeira temporada e parte da segunda, é possível perceber essa atração por seios, leite materno e mulheres que ele gostaria que fossem sua imagem materna.
Sua falta de figura materna durante seu desenvolvimento, deve ter amplificado seu desejo interno por esse cuidado maternal. Assim, ao sentir o gosto de leite, seja humano ou não, sente prazer e conforto. Madelyn Stillwell percebe este desejo e busca usá-lo à seu favor, mas o feitiço virou contra o feiticeiro. Quando Capitão Pátria percebe que estava sendo manipulado, decide descartá-la, mas ainda sente sua necessidade de um carinho materno, mesmo que estivesse misturado com desejos sexuais, algo que parece já ter sido substituído por seu narcisismo na segunda temporada.
Como em seu crescimento sempre ele foi enaltecido, tomado como o maior e melhor ser humano e adorado pela população, e somando os sintomas anteriormente descritos, torna compreensível o desenvolvimento do Transtorno de Personalidade Antissocial, apesar de parecer estender-se no domínio do Antagonismo pois Homelander sente exageradamente sua própria importância, esperando um tratamento especial, possui uma enorme antipatia e insensibilidade em relação aos outros, usando-as para seu autocrescimento.
Com base nisso, pode-se dizer que existe relação com o Transtorno de Personalidade Narcisista, pois o mesmo parece necessitar da admiração das pessoas. Em determinados momentos que ele começa a perder sua popularidade para Tempesta, começa a ficar irritado e com sua raiva focada na “heroina”. Algo que muda de sentimento quando percebe que as atitudes de Tempesta eram voltadas para enaltecer o próprio Capitão Pátria.
Um comportamento que representa muito bem esses transtornos é a cena onde o Capitão Pátria está se masturbando em cima de uma prédio, repetindo a frase “I can do whatever I want” (Eu posso fazer o que eu quiser), mostrando a tentativa dele convencer-se de sua importância.
Edição by_ YahVerella
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